Os movimentos migratórios ocorrem por diversos motivos, entre esses estão: desastres naturais, questões econômicas e fuga da guerra; em suma, os imigrantes buscam melhor qualidade de vida ao saírem de seu lugar de origem. No entanto, a recepção e a adaptação ao novo país não é algo fácil, visto que práticas de discriminação e preconceito dos nativos em relação aos imigrantes são comuns. A xenofobia praticada pela população local se baseia, na maioria dos casos, no receio dessa em relação a diminuição da qualidade de vida, com a chegada de populações externas. De fato, há anos que, por exemplo, habitantes de países ao norte do continente africano atravessam o Mar Mediterrâneo, pelo Estreito de Gibraltar, fugindo das guerras tribais, em direção à Europa, o que acaba por aumentar a concorrência pelo mercado de trabalho europeu. Tal cenário migratório e vivido, também, pela população síria, com a evasão provocada pela guerra civil nesse país. Por outro lado, historicamente, refugiados políticos atuaram positivamente na construção econômica e cultural de países como o Brasil, quando, no século XIX, o país recebeu um enorme contingente de italianos e alemães que fugiam das guerras em seus respectivos países - conhecidas na história como Unificações Tardias. Nessa perspectiva, é possível observar que a chegada de refugiados políticos ao Brasil enriqueceu culturalmente o país, com a intensificação da diversidade étnica, além do aumento da variabilidade genética da população brasileira, fato muito valorizado por biólogos e geneticistas. Fica claro, portanto, que os movimentos migratórios motivados pela guerra são contantes durante a história da humanidade, logo, conceder asilo político é algo que pode ser benéfico tanto para os imigrantes, quanto para a população nativa, quando realizado de forma correta, Dessa forma, cabe à ONU e aos países de destino dos migrantes organizar e estabelecer cotas para o número de refugiados que cada país irá receber, de forma que as economias internas não sejam prejudicadas pelo inchaço populacional. Por fim, cabe à mídia, como formadora de opinião, disseminar ideias de aceitação dos imigrantes pelos nativos, de maneira a estimular a boa convivência e o altruísmo entre as pessoas.