Título da redação:

Além das fronteiras

Tema de redação: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia.

Redação enviada em 18/05/2016

Primavera Árabe. Uma série de recentes movimentos que deu voz a população civil do mundo árabe contra governos ditatoriais e de repressão. Se para certas nações tais manifestações garantiram um avanço de ordem democrática , a citar o caso do Egito, para outras, como a Síria, desenrolaram-se em diversas complicações internas, que colocaram o estado em situação de fragilidade. Uma das principais consequências do ocorrido é a migração de refugiados. Tais refugiados que tem se deparado diariamente com a xenofobia e burocracia das nações a que buscaram abrigo. Lobo em pele de cordeiro. Preconceito em pele de protecionismo. Os migrantes do Oriente Médio, em busca de um lugar para viver, tem se direcionado principalmente ao continente Europeu. Os seguidos anos de guerra na região, seja num contexto de interesses tanto religiosos, quanto políticos e econômicos causou uma devastação irreparável imediatamente, ao mesmo passo que também alimentou uma visão negativa da área de conflito universalmente. Agora, com a situação insustentável à qualidade de vida da população civil, refugiados encontram o preconceito, que lhes fecha as portas às oportunidades de asilo e proteção. A burocracia exagerada abraça o tráfico escancarado. Tanta análise e reflexão quanto as políticas de abertura das fronteiras aos estrangeiros gera atraso em uma situação que se mostra urgente. Situações como a mostrada na imagem que tanto repercutiu no ano de 2015, do corpo de uma criança refugiada encontrada na costa, é reflexo, principalmente, do chamado tráfico de pessoas, que se institui como uma forma de tirar proveito do desespero humano para gerar lucro, sem nenhuma forma de respeito ou segurança aos migrantes. Causando a perda de milhares de vidas na tentativa de completar as rotas Ásio-Europeias e Afro-Europeias via Mar Mediterrâneo. A comoção é real, porém insignificativa sem mobilização. Muito se tem discutido sobre o assunto e sua gravidade, mas pouco tem sido efetivado. É papel, principalmente de grandes organizações, a citar a ONU, de organizar a fiscalização de fronteiras, no intuito de evitar o contrabando humano e de auxiliar os países que tem recebido grandes contingentes populacionais, a facilitarem e agilizarem a entrada dos refugiados. É o mais urgente a ser feito a favor da vida. Logo após teremos mais desafios a enfrentar, como a realocação social e econômica dos migrantes e a intervenção internacional nos conflitos do mundo árabe.