Título da redação:

A saga dos refugiados: "Mais um despertar no mundo"

Tema de redação: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia.

Redação enviada em 16/09/2015

Em todo o mundo existem cerca de 175 milhões de emigrantes. As causas da imigração são quase sempre as mesmas: a fuga à pobreza, desemprego, guerra, violência, perseguição politica ou religiosa. Essa estatística é complementada pelos refugiados Sírios que persistem na busca por um lugar seguro. Desde o início da guerra em 2011, a Turquia já recebeu 2 milhões destes estrangeiros. Assim, o caminho encontrado por eles é a fuga e uma das consequências é a xenofobia. Essa é a saga dos refugiados. É preciso, mesmo que tardiamente, fazer a sociedade acordar para entender e se envolver nessa complexa realidade. Essa temática existe desde o século XV, quando houve a expulsão dos judeus da região da atual Espanha. Além disso, a segunda guerra mundial foi o evento histórico que gerou o maior número de refugiados, uma parte desses, também judeus, que abandonaram voluntariamente seus países de origem em razão das perseguições. Os Sírios reproduzem essa realidade de forma expressiva nos últimos quatro anos. Khaled Othman, refugiado que mora no Brasil, relata: “É impossível viver na Síria. Se parasse a guerra hoje, não teria como voltar, porque a Síria está literalmente destruída.” Foi preciso o menino Aylan Kurdi aparecer morto na praia da Turquia para esse assunto ganhar a mídia internacional e sensibilizar o mundo. Entretanto, é necessário muito mais do que isso para sensibilizar algumas pessoas. Em 18 de julho, um abrigo foi completamente incendiado na Alemanha. Além disso, na Saxônia, foi necessário intervenção da polícia devido ação dos manifestantes que atiraram pedras e garrafas contra os refugiados. Mais uma vez a história se repetindo e por isso a criação em 1951 da ACNUR (Agência da ONU para Refugiados). Esses incidentes reafirmam a frase de Martin Luther King: “O homem aprendeu a nadar como os peixes, a voar como os pássaros, porém não aprendeu a conviver como irmãos.” É preciso incorporar esse sentimento e imaginar-se no lugar do próximo. Fechar a porta para essas pessoas é um erro. Dessa maneira, é necessário que o mundo “desperte” e “reflita” com atenção sobre esses refugiados. Através da publicidade e da mídia conscientizar a população mundial da gravidade deste problema e mostrar a possibilidade de ajuda através de um trabalho voluntário ou doações. Além disso, solicitar apoio as ONG´s como uma ferramenta de suporte, no que se refere à estrutura física e humana, para essas famílias nos locais críticos. Ao Governo, não só desses países europeus, mas dos demais continentes é preciso deixar de lado as divergências políticas, sociais e econômicas em busca de um objetivo maior: a de salvar vidas.