Obter êxito numa migração, no contexto contemporâneo, e consolidar sua permanência no país são um grande desafio. E os percalços desse caminho vão desde a fuga, passando pelo transporte – muitas vezes ilegal e de risco – até a chegada ao destino, com o grande perigo do sofrimento com a xenofobia. O intenso fluxo migratório da atualidade ocorre devido a diversos fatores como: guerras, oportunidades de trabalho, qualidade de vida, etc. E a fuga do seu país de origem buscando uma melhor condição de vida é uma medida de extremo desespero. No que diz respeito a esse início de trajetória, as famílias reúnem o pouco que ainda lhes restou e partem para um lugar desconhecido. Esses imigrantes viajam por vários quilômetros em transportes de risco, o que acarreta em acidentes e mortes, como recentemente viu-se nos noticiários do mundo, o corpo do menino sírio numa praia da Turquia. Uma vez que os refugiados chegam ao seu destino, outro obstáculo surge: o risco da deportação. Alguns poucos países abrem suas fronteiras e concedem asilo, mas a grande maioria ainda restringe a entrada de imigrantes ilegais, seja através de barreiras físicas – como o muro que separa os Estados Unidos do México – bem como a negação do asilo. Aos que conseguem abrigo, ainda lhes falta lidar com a falta de infraestrutura para acolhê-los e inseri-los no contexto social do país. A xenofobia - que é a aversão contra outra pessoa de cultura, etnia diferente da sua – acaba por atenuar essa dificuldade. Pois é esse preconceito que muitas vezes impede que os refugiados consigam emprego e consequentemente adquiram condições para melhoria de vida. É necessária a criação de políticas públicas como cotas para estrangeiros, vagas de emprego, o direito ao acesso a educação, moradia, etc. Além disso, é de suma importância uma conscientização global, através de campanhas de caráter mundial para que se tenha uma reflexão e uma ação mais concreta sobre a crise migratória que ocorre na atualidade.