Título da redação:

A crise dos refugiados e o papel brasileiro

Tema de redação: A saga dos refugiados: o caminho entre a fuga e a xenofobia.

Redação enviada em 14/09/2015

Com o final da Segunda Guerra Mundial, vários países, liderados pelos EUA, se juntaram e decidiram pela criação da ONU; alguns anos mais tarde foi assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que prevê a garantia de uma série de direitos a todos os seres humanos do planeta. Atualmente, um deles vem chamando bastante atenção: o de qualquer refugiado receber asilo em qualquer país, direito que vem sendo, por muitos países, ignorado. Vários países europeus vêm, nos últimos anos, fechando suas fronteiras para os refugiados sírios, baseados em desinformações, medos e preconceitos. No caso dos que ainda mantém suas fronteiras entreabertas, a recepção a esses refugiados é cercada por olhares tortos de desconfianças e preconceito, como se eles fizessem parte de alguma força invasora estrangeira, treinada e pronta para destruir os costumes locais e roubar todas as vagas de emprego disponíveis. O governo e a população desses países, estranhamente, parecem ter se esquecido das histórias de alívio e esperança de seus avós ao atravessarem o Atlântico em direção as Américas, em busca de asilo, durante a Segunda Guerra. O Brasil vem mantendo uma postura louvável sobre o assunto: é um dos lideres no número de refugiados acolhidos, ganhando de muitos países europeus. Para um país periférico isso seria o suficiente, mas não para o Brasil, que almeja a alguns anos, uma posição central no panorama internacional. O governo deve adotar uma postura firme em debates internacionais sobre o assunto e batalhar diplomaticamente contra essa atitude fechada e xenofóbica adotada por alguns países, em especial os europeus. Dessa forma o Brasil voltaria a reafirmar sua pretensão de ator mais central nas relações internacionais, ao mesmo tempo em que estaria reafirmando a Declaração Universal dos Direitos Humanos e dando a milhares de refugiados sírios a esperança de uma vida um pouco mais digna, livre da guerra e do preconceito.