Nos últimos dias, a crise de imigração da Europa, que já vem acontecendo desde o início dos conflitos no Oriente Médio, novamente tiverem os holofotes direcionados a ela. A imagem de um garoto refugiado sírio morto após se afogar na tentativa de atravessar o Mediterrâneo e chegar à Europa, consternou todo o mundo por ter evidenciado,finalmente, o sofrimento vivenciado por milhares de sírios, iraquianos, afegãos e outros povos todos os dias e ainda assim alguns governos europeus buscam encontrar medidas de barrar a entradas dessas pessoas em seus países. Desde o início do ano, mais de 350 mil imigrantes atravessaram o Mediterrâneo e cerca de 2.643 morreram, de acordo com OIM- Organização Internacional para as imigrações. Esses dados apenas confirmam uma antiga realidade. Há anos, por conta das guerras que ocorrem ao redor do mundo, milhares de refugiados dirigem-se à Europa, principalmente, em busca de melhores chances de vida e futuro, no entanto as péssimas condições de transporte organizados pelos chamados coiotes, acabam trazendo o óbito de muitos. Mesmo que diversos órgãos internacionais tentem controlar este comércio ilegal, ele continua seguindo como algo bastante constante e lucrativo, já que não precisam seguir nenhuma regra, inclusive de contigente. 'Espetáculo de cadáveres em praias europeias era previsto', de acordo com Paulo Sérgio Pinheiro, brasileiro da ONU. O agravamento dos conflitos no Oriente Médio, como o da Síria, estimulado pelo Estado Islâmico,as péssimas condições de vida nos países africanos e a falta de abertura diplomática de muitos países europeus,principalmente depois da crise que desestruturou a economia, já dava sinais do que poderia vir a acontecer. Os governos europeus de extrema direita podem estar atuando de forma contrária ao assentamento de imigrantes no país, mas não todo o povo. Exemplos como o da Islândia, no qual 11 mil pessoas se prostraram abertas a abrigar refugiados em suas casas, ou o da Alemanha, em que jovens criaram um site com o objetivo de auxiliar os refugiados encontrarem onde morar. Cerca de 57.300 imigrantes desembarcaram na Europa em 2015, de acordo com o Frontex, seja do leste europeu, África, oriente médio e outras regiões. O cenário atual faz com que seja necessária a criação de soluções e programas para melhor acolher economicamente e culturalmente esses indivíduos. A cáritas brasileira, por exemplo, atua em pró dos refugiados e os auxiliam com as necessidades materiais emergenciais, logo o desenvolvimento de organizações como essa pelo departamento das causas sociais do governo e o apoio popular por meio de campanhas poderiam trazer enormes benefícios.