A população carcerária, hoje, é de predominância pobre, negra e de baixa escolaridade, sendo estes fatores grandes estigmas desafiados, junto a invisibilidade social. A situação atual do sistema penitenciário é deplorável, o que ajuda à sociedade não aceitar o ex-detento como um ser humano confiável. Os carcerários são, segundo o INFOPEN (Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias) negros, pretos e pardos que, nas estatísticas de cor da população brasileira e também nos gráficos de pessoas em cárcere, estão em grande maioria. Com essas informações, pode-se afirmar que existem mais pessoas presas que em liberdade. Com os estigmas sociais, como o racismo e a necessidade de dinheiro, muitos deixaram de estudar cedo, tornando assim, a baixa escolaridade em índices altos. O INFOPEN informa que, 8 em cada 10 carcerários estudaram até o ensino fundamental. As condições da estrutura prisional é caótica: com a higiene precária, as superlotações das celas que, inicialmente, caberiam 10 detentos, hoje tem 17 em cada. Além disso, existe a animalização do indivíduo, que se submete ao governo de facções criminosas por questões de vida ou morte, o que faz o detento sair da cadeia, muitas vezes, pior, dificultando sua entrada no mercado de trabalho e aumentando o problema de desemprego no Brasil. O trabalho prisional como medida ressocializadora é de grande importância para menor rejeição do detento pela sociedade, assim como o maior investimento da DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional) na estrutura prisional. O aumento da rigidez nas leis, com ajuda do Ministério da Justiça seria importante para a diminuição da animalização e violência dos indivíduos carcerários.