A recente crise carcerária brasileira trouxe à tona uma antiga preocupação: o alto custo que se tem para manter este problemático sistema. O Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, atrás somente dos Estados Unidos,China e Rússia, esse cenário que faz com que os custos sejam astronômicos para os cofres públicos. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a média nacional de custo por preso é de R$ 2.400, podendo ser ainda maior dependendo da região, vale ressaltar que esse valor em média é seis vezes maior do que o investido em alunos da rede pública, destaca-se que os custos do sistema penitenciário não levam em conta somente o gasto diretamente com a manutenção dos presos, mas também o custo referente à construção de novas unidades, no qual o Governo prioriza mais do que o investimento em construção de novas escolas e educação. Desse modo, é possível perceber que o Governo Federal trabalha inversamente na remediação e não na prevenção. Ademais, um dos maiores o problemas enfrentados no sistema carcerário é proveniente da ausência de políticas públicas, direcionadas a ressocialização do preso, criando um índice altíssimo de reincidente, contribuindo para a superlotação dos presídios. Além disso, existe uma grande lentidão da Justiça em julgar os processos que em alguns casos podem levar anos mesmo para presos provisórios, que chegam a cumprir pena maior do que foi condenados. Por conseguinte, torna-se necessário a intervenção nessa problemática. Portanto, cabe o Ministério da Justiça, promover mutirões para julgar processos de presos provisórios, priorizando locais em que os presídios estão superlotados, com o intuito de diminuir os custos para o Governo, para que a verba seja destinada a educação e a socialização do ex-detento, promovendo programas de inclusão como educação profissional, evitando a regressão e que os presídios fiquem lotados. Assim, o país poderá contorna à crise desse sistema tão precário e deficiente.