Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A responsabilidade pelas despesas de presidiários em questão no Brasil

Redação enviada em 10/09/2018

A expressão “Ordem e Progresso”, abreviação do lema de Auguste Comte, encontra-se na bandeira de um país onde os gastos com um detento são muito superiores à renda média da população. Considerando-se essa incoerência, nunca é inoportuno ressaltar que no Brasil o Senado já aprovou projetos que determinam a participação de presos em atividades que paguem pelas suas despesas. Assim, manifesta-se inerentemente a realidade pátria, como fruto tanto do seu elevado valor quanto da falta de ocupação dos presos, a questão da responsabilidade pelas despesas dos reclusos. Convém salientar, a princípio, que os altos gastos com os cativos são, de maneira irrefutável, um fomentador dessa questão. Conforme a corrente positivista, que auxiliou na proclamação, a republica deve “conservar melhorando”, isto é, conservar e aperfeiçoar aquilo que existe de bom (Ordem) por meio da correção e eliminação daquilo que é ruim (Progresso). Dessa maneira, o Estado, visando cumprir com os objetivos da Constituição (Art. 3), deve ampliar a participação de presos em atividades produtivas, tendo em conta que tal medida contribui com a reintegração social e reduz os gastos públicos em manutenção nos presídios. Com isso, contribuindo para a persistência no Brasil, evidencia-se a falta de presos no sistema produtivo como sustentáculo dos elevados gastos penitenciários. Outrossim, deve-se considerar a postura do chinês Confúcio, “se queres prever o futuro, estuda o passado”, ao se analisar a causalidade entre a falta de ocupação dos reclusos e a formação do crime organizado. Percebe-se no decorrer da consolidação do Estado, que a referida relação demonstrou-se associada a vários episódios dentre os quais, cita-se a estruturação do Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com essa perspectiva, é importante situar que nesse contexto muitos detentos sem ocupações fixas foram incitados a integrar o crime organizado, sendo fundamental a análise de tais fatos para o tratamento da atual situação nacional. Desse modo, evidencia-se a necessidade de se estudar acontecimentos dessa natureza objetivando melhorias para a nação. Compreende-se, no alicerce dos elevados gastos públicos com detentos, portanto, a falta de presos em atividades produtivas. Para amenizar esse quadro, a concepção aristotélica de que “O homem é o princípio das ações”, mostra ser fundamental a mobilização da sociedade civil em manifestações pacíficas nas ruas exigindo a ação do Estado, com as emissoras de televisão, na organização de campanhas de abrangência nacional expondo estudos históricos sobre a importância do trabalho no combate ao crime, bem como práticas que promovam a sua ampliação, além da implementação de novos centros de trabalho para os cativos, planejada pelo sistema judiciário. Dessa forma, as propostas de Aristóteles e Confúcio, permitiriam o avanço da Ordem e do Progresso no país.