No que se refere às despesas de presidiários em questão no Brasil, pode-se perceber que elas são responsabilidades tanto do Estado quanto do próprio preso, haja vista que quem cometeu o crime é responsável pelo fato de ser punido, mas também é imprescindível que o Estado cumpra com direitos a quem está preso. É possível afirmar que na Dinamarca e na Alemanha, por exemplo, há uma ampla oferta de serviços, para as pessoas encarceradas, assim elas contribuem com as despesas da sua estadia na prisão. Dois projetos semelhantes foram propostos por senadores no Brasil, os quais visam ressarcir o Estado, visto que a bandidagem hodiernamente toma conta do país e cada preso gasta em média R$2,440,00 por mês, então nada mais justo que os presos trabalharem para arcar com essas despesas. Não obstante, no Brasil não se tem as mesmas condições de serviço que alguns países da Europa, o Estado não oferece condições devidas de trabalho nos presídios, assim fica inviável cobrar as despesas dos detentos, pois a maioria dos presidiários não tem outra maneira de arcarem com seus gastos, pois não possuem uma boa condição financeira, assim a única forma que encontrarão para “quitarem suas dívidas” será recorrendo novamente a recursos ilegais. Desse modo, é notável que o presidiário e o Estado precisam fazer a sua parte, portanto, o Estado deve implementar medidas efetivas que viabilizem a operacionalização do trabalho do preso, assim o detento terá condições para trabalhar e se comprometerá com o serviço, a fim de arcar com suas despesas.