É consenso que, hoje, com o Brasil passando por uma grave crise econômica, o país deva começar a questionar seus gastos com alguns setores da sociedade, incluindo o sistema presidiário. Dentre tantos fatores os quais comprovam isso, tem-se que o Poder Público gasta, em média, quase dois mil e quinhentos reais por preso e essa quantia é um grande valor a ser pago, vendo as atuais circunstâncias. Em primeiro lugar, é importante salientar que o sistema carcerário brasileiro necessita de grandes investimentos, principalmente por parte de órgãos públicos. Aliás, isso é necessário, pois ele está parcialmente sucateado, penitenciárias estão superlotadas, más condições de saúde nesses locais e, além do mais, existem disputas internas entre gangues rivais. Contudo, a nação, atualmente, não passa por um bom período econômico, o PIB tem caído por anos consecutivos, o desemprego aumentando e cortes financeiros foram feitos em diversas áreas, tais como a educação e a saúde. Dessa forma, são necessárias que hajam recálculos dos gastos com esse complexo, a propósito, em 2017, eram mais de setecentos mil indivíduos presentes nele, uma das maiores populações carcerárias do mundo, segundo o Ministério da Justiça. Além disso, um fator o qual explica, em parte, a lotação desse complexo e, consequentemente, os grandes gastos com ele, é a grande reincidência ao crime. Ademais, mais de vinte por cento dos presos após serem libertados reincidem ao crime, segundo o Jornal Folha. Outrossim, essa situação é muito problemática, porque ela sinaliza que as políticas de ressocialização as quais foram feitas e promovidas pelo Governo, fracassaram, pelo menos em parte. Dessarte, são necessárias reformas estruturais nesse sistema, em via de novas políticas de ressocialização, em razão de diminuir o número de pessoas nas cadeias, dados que os gastos poderiam ser reduzidos e podendo serem transferidos para demais setores governamentais, assim como a saúde, a educação e a segurança pública. Em vista do que foi dito, medidas são necessárias a fim de uma redução de custos com o sistema carcerário brasileiro. Portanto, caberá ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública criar novas políticas de ressocialização, com o apoio do Ministério Público, tais como a inclusão de cursos técnicos no cotidiano dos presos, os quais iriam capacitá-los e potenciar seus currículos, para que quando eles fossem soltos, houvessem mais oportunidades de empregos, sendo assim, as taxas de reincidência iriam diminuir anualmente de forma progressiva e com isso, a população carcerária provavelmente seria reduzida e os gastos públicos com ela também.