Título da redação:

Prevenir para não remediar

Tema de redação: A responsabilidade pelas despesas de presidiários em questão no Brasil

Redação enviada em 30/07/2018

“Quando não se fazem escolas, falta dinheiro para presídios”. A afirmação da presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carmem Lúcia, sintetiza a atual conjuntura do Brasil: superlotação de presídios, nos quais, ainda segundo a Ministra, cada preso custa, para os cofres públicos, treze vezes mais do que um estudante do ensino médio. Essa situação resulta no descaso financeiro que pesa no bolso do trabalhador, descaso esse que deve ser revertido com urgência, mas, contudo, reparado em suas raízes. Em primeiro lugar, faz-se necessário perceber que o custo do preso não é pago por ele mesmo, mas por quem buscou viver na legalidade e paga seus impostos. A CF (Constituição Federal) veta qualquer trabalho forçado, resultando em presos ociosos, os quais transformam os presídios em escolas do crime. Dessa forma, a solução mais análoga ao remédio, seria a existência de trabalhos voluntários e programas de ressocialização. É preciso, também, notar que remediar é mais custoso do que prevenir, e que, utilizar a educação como uma ferramenta eficaz no combate à marginalização, resulta em menos encarcerados e consequente menor gasto de dinheiro público. Sendo assim, o investimento em educação deve ser contínuo e sem medidas, pois o retorno é muito mais do que financeiro e envolve as esferas sociais e culturais. Fica claro, portanto, que o descaso para com o alicerce da estrutura social (educação) resulta em altos gastos com presídios e mostra a necessidade de que o Estado, por meio do ministério da educação, construa mais escolas ao invés de cárceres e dê à população apoio e incentivo - por intermédio de auxílio financeiro- para manter as crianças nas escolas, além de fornecer o trabalho voluntário como moeda de troca para a progressão de pena do preso. Dessa maneira, o país há de prosperar e encontrar o equilíbrio, amenizando os custos com encarceramento.