Desde a antiguidade, prevalecia a ideia prevista de superioridade masculina, em que a mulher era reduzida à condição muito próxima de objeto, não somente sexual, mas também de Direito, ou seja, a mulher era julgada apenas como um organismo vivo, capaz de satisfazer as necessidades do homem e da origem reprodutora. Nesse contexto, a atual luta do assédio sexual no Brasil enfrenta problemas, seja pela cultura machista que inferioriza a mulher, como também a fragilidade do código penal. Em primeiro lugar, o assédio fere o direito constitucional inerente a qualquer ser humano: a liberdade de ir e vir. Casos de tentativa de contato físico contra a vontade da pessoa ou até mesmo insinuações verbais com comentários e expressões inadequadas e imorais, estão bastante comuns e descrevem a falta de respeito que atualmente, há na sociedade brasileira. A criação de vagões femininos em metrôs mostra que a integridade física e psicológica da mulher ainda não é respeitada. Dessa forma, a segregação tornou-se uma opção aceitável para a sociedade que ainda se mantém de olhos fechados. Esta ideia da inferiorização da mulher perante ao sexo masculino mesmo após séculos, se expandiu para um pensamento estrutural que nos traz hoje, no século XXI, uma reflexão de que não existe esta tal hierarquia de padrões de gêneros, e que nenhum homem por exemplo, tem direito de ofender ou oprimir uma mulher por ser melhor ou pior que ela. Assim, os questionamentos se tornam inacabáveis com relação a este assunto. Muitas campanhas protetivas por meio da conscientização ao respeito que é de direito a todos foram criadas por grupos feministas em prol da liberdade de vivência democrática contra a cultura do assédio. Este crime deve continuar sim a ser combatido e consequentemente abolido tendo mais rigor nas punições aos criminosos de modo essencial na luta contra esta violência social. Deve ser aconselhado às vítimas que, denunciar é de suma importância para que a justiça possa ser executada, e assim, quem sabe um dia a cultura do assédio no Brasil possa ser vencida e extinta na sociedade.