Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A relevância do debate acerca do assédio sexual no Brasil

Redação enviada em 06/03/2018

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, o assédio sexual está ligado com o poder, na maioria das vezes, e é definido como atos, insinuações, contatos físicos forcados e convites impertinentes, não aceitáveis e não requeridos. São bastante comuns os relatos de abusos e cantadas que as brasileiras, e brasileiros, sofrem nas ruas do país, principalmente em transportes públicos. Nesse viés, pode-se observar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas. Esse cenário vem se desenrolando desde os tempos de Brasil Colônia, que há uma propagação imensa dos valores de machismo e patriarcalismo, subjugando a mulher. Apesar dos grandes avanços nos diretos das mesmas, ainda pode-se observar reflexos desse modo de pensar e agir, em pleno século XXI. Em consequência disso, há um percentual espantoso de 99,6% de 8 mil mulheres que alegam já terem passado por situações de constrangimento, segundo pesquisa da campainha “Chega de Fiu-Fiu”, promovida pelo blog Think Olga. É, ainda, interessante apontar que o assédio não limita-se aos transportes públicos e ruas. Encontra-se presente também em grande escala no ambiente de trabalho, quando é pedido as mulheres favores sexuais em troca de um aumento ou trabalho. O assédio sexual distingue-se da relação consensual entre duas pessoas; na primeira há intimidação e vergonha, e na segunda há o consenso. Além disso, vale ressaltar que há uma tendência de culpabilizar a vítima pela ofensa, logo, tem-se uma inversão de valores na sociedade que deixa a vítima desamparada. Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para resolver o problema. A mídia deve repassar mais dados estatísticos como o já citado,por meio de propagandas e anúncios em redes sociais, e também deve reforçar que já existe a Lei 10224, que é de assédio sexual, com detenção de um a dois anos. Como o filosofo Immanuel Kant disse “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”, a escola, junto com o Ministério da Educação, deve incentivar o tratamento igualitário, por meio de palestras dinâmicas e educação em sala de aula com o próximo, com a finalidade de diminuir o percentual de assédio no Brasil.