A Constituição Federal de 1988- norma de maior jurisdição do país- assegura ao Brasil a modalidade de Estado Democrático de Direito que possui como princípio básico a dignidade humana. Todavia, a manutenção do assédio sexual no país demonstra que alguns indivíduos não utilizam esse princípio na prática. Nesse contexto, esse cenário contraria o desejo de atingir o desenvolvimento e sua análise é a medida que se impõe. Em primeiro plano, a ineficiência do Estado na pós-modernidade contribui para a continuidade do assédio. Segundo Paulo Freire- educador brasileiro- " se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda". Dessa forma, o sucateamento do ensino no Brasil irá manter o pensamento machista de séculos anteriores, dificultando a alteração de valores morais por intermédio da escola aos jovens em formação.Diante disso, devemos priorizar a área que poderá mudar a forma de a comunidade agir e pensar conforme Paulo Freire: a educação. Em segundo lugar, a atual sociedade hedonista alterou a forma da as pessoas interagir com as outras. O sociólogo Zygmunt Bauman em sua obra "Modernidade líquida" defende que o individualismo é uma das maiores perversidades da pós-modernidade. Ou seja, a incessante busca por prazeres efêmeros é colocados, muitas das vezes, acima da razão, como o rapaz que ejaculou em uma moça no ônibus em 2017 no centro de São Paulo. Dessa maneira, cabe a desconstrução do atual mal da sociedade segundo Bauman: o individualismo. Urge, portanto, que a união do povo e governo se faz necessária para o combater o assédio sexual. Assim, cabe ao Ministério da Educação a criação da disciplina de atualidades nas escolas a fim de provocar a reflexão nos jovens sobre os assuntos da sociedade. Ademais, os professores deve desenvolver nas crianças em formação o conceito de empatia, estimulando as tarefas escolares o trabalho em grupo. Diante disso, a nação verde-e-amarela se aproximará do verdadeiro Estado Democrático de Direito.