É indubitável que o assédio sexual, principalmente contra as mulheres, é arraigado à socidade brasileira, pois, desde os tempos coloniais, o patriarcalismo corrobora atitudes machistas e desrespeitosas com o gênero feminino. Diante disso, essa cultura é nociva e acarreta problemas sociais, como o medo e distúrbios na saúde e no comportamento das mulheres, já que as deixa em posição vulnerável. Destarte, é imperiosa a coadunação de forças governamentais e populares a fim de mitigar essa mazela. De acordo com Pierre Bordieu, o sexo masculino exerce uma dominação simbólica sobre seu oposto feminino, podendo ser exemplificada pelo assédio. Dessa forma, é notório que essa prática é bastante comum socialmente, pois foi perpassada durante séculos até a atualidade. À vista disso, as lacunas sociais provocadas por esse desrespeito à integridade da mulher são fortes, podendo ser causa de mudança de hábitos, como o jeito de vestir e andar, a fim de tentar amenizar essa questão, considerando que muitas se sentem culpadas quando, na verdade, são vítimas. Outrossim, os anos de 1980 foram decisivos para a consolidação do feminismo, garantindo maior visibilidade aos direitos da mulher na sociedade. Apesar disso, o número de casos de assédio ainda é grande. Desse modo, o medo é fator determinante, pois muitos desses atos levam ao assédio físico sem consentimento, muitas vezes caracterizando um estupro. Ainda com a evolução do movimento feminista, há muito a melhorar. Faz-se necessária, portanto, a ação da Esfera Federal, em parceria com as escolas, para a otimização da educação que ensine ensine prática do respeito aos alunos desde a primeira infância, por meio de projetos, palestras e leituras com o intuito de minimizar esse problema pelas próximas gerações. A população, por sua vez, deve organizar movimentos sociais que repudiem esses atos criminosos e denunciem os agressores e, por conseguinte, uma sociedade que respeite as mulheres será paulatinamente construída.