No Brasil, poucos são aqueles que compreendem a problemática do assédio sexual em toda a sua complexidade. De acordo com o Instituto de pesquisa econômica aplicada, entre 2009 e 2011 ocorreram mais de 17 mil feminicídios no pais e 85% das mulheres já tiveram seu corpo tocados sem permissão publicamente. Por isso, antes de se investir em qualquer ação inapropriada, esse problema precisa ser devidamente entendido tanto em sua significação mais abrangente quanto em seus principais reflexos e entraves. A princípio, faz-se necessário revelar a forma superficial e simplista de como muitos brasileiros compreendem o sentido e a gravidade do assédio sexual. Em geral, nota-se uma fraqueza intelectual em não relacioná-lo ao machismo que marcou historicamente a sociedade brasileira, através de falácias como mulher é sexo frágil, que não pode fazer o que os homens fazem ou que são submissas. Assim, com essa ignorância, persistem equívocos que, nos últimos anos, têm deixado sequelas nefastas as quais poderiam ser evitadas. Sem dúvida, a discussão sobre o assédio sexual não deve se afastar do estudo acerca do descompromisso social. No Brasil, são evidentes os casos de abusos, principalmente, em ônibus e na rua, muitos homens aproveitam lugares lotados para cometer esse crime, além de muitas vítimas, com medo, não denunciarem a agressão. Diante disso, revela-se o quanto o protagonismo sociocultural é imprescindível aos processos de mudança. De todo certo, é preciso suplantar o passado e ir além dos discursos vazios, considerando que as mulheres demandam por ações rápidas e eficientes. Portanto, é necessário que haja uma conscientização nas escolas da importância da igualdade de gêneros, afim de estabelecer respeito e equilíbrio, além do combate ao assédio sexual. Dessa forma, o Ministério da Educação deverá estabelecer medidas educacionais como a educação sexual que conscientize as crianças sobre a igualdade de gêneros e que fomente o combate as agressões sexuais em prol da igualdade.