Na obra “Casa Grande e Senzala”, de Gilberto Freyre, relata os inúmeros assédios que, em sua maioria, transformavam-se em abusos sexuais sofridos pelas escravas. De modo análogo, esse comportamento agressivo continua culturalmente integrado a sociedade, portanto, esse tema possui bastante importância de debate, pois desrespeita os direitos civis femininos. O assédio é um ato que causa constrangimento na vítima e pode em alguns casos gerar violência. A cultura machista, que ainda faz parte da sociedade brasileira, é uma das principais responsáveis pelo comportamento agressivo que culpa a vítima “por estar vestindo roupa curta; andar na rua até tarde; falar não quando quer dizer sim” todas essas frases que são ditas para justificar um assédio somente comprovam uma cultura machista, porque retira da mulher seu direito à liberdade de expressão, garantido pela Constituição de 1988. Além disso, responsabiliza a vítima por seu comportamento “provocador”, neste caso, que mensagem um homem quer passar quando anda sem camisa? Diferentemente da mulher o sexo masculino não é julgado por seu modo de vestir e dificilmente é vítima de assédio. Por outro lado, a Indústria Cultural, definida por Adorno e Horkheimer, possui influência nos comportamentos dos indivíduos quando objetifica a mulher e passa a mensagem de que ela está sempre disponível. Ademais, é preciso perceber que, em alguns casos, a violência fará parte do desfecho, por exemplo em assedio em transporte público, estupros ou mesmo feminicídios. Por conseguinte, é primordial que o assédio sexual seja debatido para que não tenhamos mais Casas Grandes e Senzalas. Portanto, a educação é essencial para compreender que comportamentos machistas são errados, neste caso a mídia, juntamente com ONGs podem desenvolver campanhas publicitárias para conscientizar os indivíduos. Ainda assim, a mídia pode criar personagens em novelas para discutir o tema e promover a empatia. Outrossim, as Secretarias de Justiça devem além de punir os culpados, de acordo com o Código Penal, e criar grupos de apoio com psicólogos, para discutir o erro e recuperar este indivíduo.