Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A relevância do debate acerca do assédio sexual no Brasil

Redação enviada em 24/10/2017

O assédio, especialmente o das ruas, é um desrespeito à dignidade das mulheres. Os dados extraídos da campanha "chega de fiu fiu" mostra que 85% das mulheres já tiveram seu corpo tocado sem permissão publicamente. A noticia choca, mas aponta uma problemática que esta longe de ser atual: O machismo. Outrossim, o descaso com a legislação contribui para que não só a vitima se sinta desprotegida juridicamente, como também a impunidade do agressor causando por vezes reincidência. Segundo o IPEA, 58,5% dos entrevistados concordaram totalmente ou parcialmente com a frase "Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros". Esse pensamento, além de promover a culpabilização da vitima, reforça o machismos que sempre esteve presente nas entranhas de nossa sociedade. A dominação do homem tem como consequência a marginalização das mulheres. Atualmente, os meninos aprendem que se uma menina se veste de uma determinada forma, está provocando e eles tem uma pertença autorização para fazer uso daquele corpo que esta sendo exposto. Temos que interferir nesse processo com o intuito de modificar os parâmetros sociais e educacionais, visando promover o respeito as mulheres e a igualdade de gênero. Antes das alterações no código penal o mesmo reproduzia boa parte dos estereótipos que estão nas raízes de graves violações dos direitos humanos das mulheres. Nos chamados "Crimes de costumes", a mulher, de modo geral não tinha seu poder de decisão ou direito de exercer livremente a própria sexualidade. É possível afirmar sob o mesmo ponto de vista de Adriana Ramos – juíza titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher – que as leis são feitas por homens, são pensadas com enfoque masculino. Então, o Direito tem lado na desigualdade de gênero. É preciso lembrar que entre os parlamentares brasileiros – aos quais cabem legislar, menos de 10% são mulheres. Medidas como o Plano Nacional de Educação, que prevê uma educação voltada para a promoção da igualdade de gênero deve ser apoiada e divulgada. No entanto, este principio foi questionado por grupos conservadores, visando retira-lo do texto, tendo exito em alguns estados. Cabe ao poder legislativo e a população não permitir que, ações como esta aconteça novamente, para que não haja mais retrocesso. Ademais, é preciso atuar com força e continuidade na mudança cultural e educacional, para isso, é imprescindível que o parlamento seja constituído no minimo 35% por mulheres, visando criação de leis mais justas.