O tema não é um problema atual no Brasil. Com o aumento dos casos de abusos sexuais ocorridos em transportes públicos, viu-se necessário reiterar a discussão sobre violência ao pudor, que vem sendo cometido com maior frequência no país, gerando situações desagradáveis para a vítima, que em sua maior parte são representadas pelas mulheres. De acordo com os dados da pesquisa feita pela Folha de São Paulo, em 2015, 68% das mulheres entrevistadas relataram ter sofrido algum tipo de assédio em locais e transportes públicos, fato que demonstra a realidade enfrentada pelas mesmas, que encontram no espaço público um cenário propicio para a propagação desse tipo de conduta. Como consequência, a mulher passa a ter receio em sair de casa com medo de sofrer situações constrangedoras. Devido a presença, em pleno século XXI de ideias machistas que permeiam na sociedade brasileira, no qual alguns indivíduos acreditam que as próprias vítimas é quem provocam o crime, ou seja, pelo fato destas usarem roupas consideradas provocativas é o suficiente para estimular o criminoso a cometer o ato. Nesse contexto, tornas-se não só um problema de âmbito jurídico, mas também envolve a questão educacional, histórica e moral da sociedade. Sob esse aspecto, portanto, é fundamental que o Congresso Nacional aprove o projeto de lei proposto pelo deputado Magno Malta, que visa o aumento da pena para o indivíduo que constranger, molestar ou importunar alguém de modo ofensivo, ao passo que devem ser tomadas medidas socioeducativas, por meio de campanhas e programas televisivos que promovam o respeito ao sexo oposto, no intuito de combater a propagação do estigma machista na sociedade.