Respeito é bom e o bloco gosta Alegria. Diversão. Fantasias. Elas fazem parte do cotidiano do carnaval brasileiro. Diante desse cenário de euforia, há também romances, paqueras e insegurança, principalmente por parte das mulheres, posto que muitas delas sofrem com incômodos, constrangimentos e violências de alguns homens em suas investidas. Nesse contexto, evidencia-se o patriarcalismo e o machismo, enraizados na sociedade, submetendo as mulheres a serem submissas ao sexo oposto. Com isso, é preciso desenvolver uma cultura de valorização do respeito para que essas práticas depreciativas contra o sexo feminino sejam abolidas e que, assim, a população exerça, desde cedo, a compreensão da cidadania e igualdade dos gêneros perante a lei. Em primeiro plano, ressalta-se que ao longo do tempo, algumas sanções penais foram criadas para aqueles que praticam o assédio, porém mesmo com essas reprimendas, as práticas de abusos ainda continuam, visto que o ato é recorrente e afeta principalmente as mulheres, nas ruas, no trabalho, na internet e até mesmo dentro de suas casas. Essa problemática geralmente, ocorre quando alguns homens desrespeitam os direitos pessoais das mulheres, e julgam seus comportamentos tomando condutas contrarias às suas vontades. Com isso, o praticante, por meio do deboche, humilhações e violências físicas, tenta se mostrar superior e, com essas atitudes, fazem muitas vítimas por conta dessa ação. Assim, percebe-se como a falta da realização de projetos sobre o respeito no corpo social, principalmente por parte dos homens, é capaz de transformar a realidades de muitos para pior. Em segundo plano, nota-se que o respeito é o limite entre o assédio e a paquera em ambos os sexos. Nesse sentido, a paquera envolve sorrisos, conversa, educação e consentimento ao se aproximar de uma mulher, sem precisar ofendê-la ou assustá-la, por exemplo. Logo, percebe-se o quão importante é a discussão do processo de formação cognitiva das crianças e adolescentes durante o período de formação das ideias, pois, como dizia o economista austríaco Ludwig Von Mises "Ideias e somente ideias podem iluminar a escuridão." Assim, é impreterível que esse assunto seja discorrido, não só nos ambientes escolares, mas também nos âmbitos familiares, para que os jovens compreendam o conceito de igualdade e, com isso, enxergue as mulheres como seres iguais na sociedade. Desse modo, é evidente que a escola é um lugar propício para o desenvolvimento da cultura da valorização do respeito, pois é lá que esses problemas podem ser resolvidos com educação. Diante disso, torna-se claro que o conceito de respeito precisa ser discutido constantemente no contexto social. Dessa forma, é preciso que o poder Judiciário faça com que a legislação contra o assédio seja eficientemente cumprida para sanar esse problema em sua raiz, de modo que seus praticantes não saiam impunes pelos seus atos. Concomitante a isso, a mídia, por meio de seus agentes, precisa criar campanhas de esclarecedoras e através de ficção engajada e propagandas incentivadoras a população a denunciar e, assim, atenuar os casos de assédio registrados. Ademais, é indispensável que as escolas juntamente com a família discutam sobre respeito e igualdades de gêneros e por meio de dinâmicas de empatia, promovam a humanização de crianças e jovens sobre essa questão, de modo a ampliar horizontes trazendo o conhecimento sobre os mais variados assuntos. Somente assim, a sociedade terá um ambiente mais confortável e respeitoso, independentemente de cada gênero.