O cotidiano brasileiro sofre de uma realidade moldada ao redor do homem, cujo permanece no centro, recusando a estabelecer a igualdade de gêneros e cultua uma forte repreensão do gênero feminino. Tal situação atenua-se gradativamente, ao ponto de se tornar comum o fato de mulheres andarem amedrontadas nas ruas. Porém, há como contornar esta situação e instituir uma sociedade com igualdade de gêneros? Podemos averiguar inúmeros casos de assédio sexual em nossa rotina, tanto no trabalho ou colégio quanto em famílias e ruas, onde se cresce uma cultura de terror, em que as mulheres permanecem sempre alertas e temerosas quanto aos homens. Tais crimes transformarão em empecilhos comuns para a população, que muitas vezes passam despercebidos por punições injustas ou no silêncio das vítimas, cujas acusações não são realizadas por ameaças dos agressores. A população se horroriza gradativamente averiguar as diversas abordagens de assédio nas mais diversas formas, como ao observar mulheres serem assediadas nas ruas com abordagens sexistas e ameaças aterrorizantes, traumatizadas com crimes mais graves, como o estupro, ou até mesmo tendo que se demitir de seus ofícios, por serem humilhadas e ameaçadas por colegas de trabalho. Portanto, tomar uma iniciativa para denunciar estes delitos é um ato receado pelas vítimas perante uma comunidade com uma repudia extrema das mesmas. Conforme Simone de Beauvoir, “A representação do mundo é obra dos homens; eles o descrevem a partir de seu próprio ponto de vista.”, logo, as mulheres são pinceladas como objetos, sem emoções e que podem se utilizados de qualquer forma. Tal perspectiva é imposta por indivíduos machistas, cujas mentes se fecham para uma abordagem mais abrangente sobre a igualdade e o respeito entre indivíduos. Atravessar as paredes da ignorância e intolerância é uma tarefa árdua. Entretanto, um forte incentivo de campanhas que abrangessem, nos ambientes urbano e escolar, este conteúdo e suas formas de lutar contra, auxiliariam no empoderamento feminino e na educação masculina. Não obstante, é primordial uma forte intervenção governamental através da ação de leis e punições mais severas, para que o assédio sexual seja verdadeiramente reconhecido como um crime de tamanha magnitude e repudiado como tal. Somente deste modo, poderemos viver numa sociedade pautada em condições igualitárias de gênero, em que ambos possam se valorizar e conviver harmoniosamente.