Desde a Grande Guerra, período em que os homens estavam no campo de batalha, as mulheres começaram a ganhar espaço na sociedade, sendo na época, com a inserção dessas no trabalho das indústrias. No entanto, mesmo conquistando diversos direitos, essas ainda sofrem do assédio sexual ocasionado e agravado pela ausência e deficiência do debate sobre esse assunto com os homens e mulheres. Em primeiro plano, a tese filosófica determinista mostra que o meio, a raça e o período histórico influenciam o ideário e as ações dos indivíduos. Nesse sentido, sem a comunicação aberta dos malefícios psicológicos às vítimas do assédio e que esse ato é errado, mesmo praticado pela maioria da população, levando ao conhecimento geral desse sendo normal tanto aos homens como às mulheres, tornando-se intrínseco a vida do sexo feminino na sociedade moderna brasileira. Assim, a pesquisa da "campanha chega de fiu fiu" revela que mais de 4/5 da população feminina já passou por esse problema, comprovando a presença desse fenômeno ao cotidiano de todas. Ademais, é culturalmente enraizado à história brasílica, fomentador não só do assédio sexual, mas de todas as desigualdades entre os gêneros: o machismo. Em suma, casos como o do homem que molestou em uma mulher em um ônibus público e que teve uma punição e divulgação - ações geradoras do debate - irrisórias e em outros casos essas são nulas, servindo de consolo aos agressores a continuarem praticando essa violência. Consequentemente, a mulher sofre com assédio em todos os âmbitos da sociedade: familiar, público, escolar e até no trabalho, como mostra a pesquisa do site UOL, segundo o qual todo os lugares supracitados tiveram índices positivos de assédio em diferente níveis. Fica claro, portanto, os empecilhos gerados pela deficiência do debate acerca do assédio sexual no Brasil. Dessarte, a escola e a família devem minorizar os casos e conscientizar as futuras gerações. Nesse contexto, as escolas devem aplicar castigos severos aos casos de assédio dessa natureza, e com o auxílio de psicólogos, o acompanhamento das vítimas e a organização de palestras sobre o assunto, para inspirar as garotas a denunciarem e os garotos a não praticarem tais atos, mostrando como por exemplo as consequências psicológicas como depressão e até suicídio. Além disso, os parentes devem manter o diálogo constante com os filhos para advertê-los caso pratiquem o assédio e consolá-los caso as filhas sejam as vítimas.