Durante a história da humanidade, a figura feminima lutou para conquistar seus direitos políticos e sociais, a exemplo da cidadania, do voto e da participação no mercado de trabalho. Apesar de tais, percebe-se que, atualmente, ainda não existe completa valorização e respeito pela mulher, já que cerca de 17 mil sofreram feminicídio durante 2009 a 2011, segundo o Ipea(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Dessa forma, é extremamente importante modificar a mentalidade da sociedade em relação ao assédio sexual, com o propósito de preservar a dignidade do público feminino. Nesse contexto, diversos fatores estimulam o desenvolvimento da discussão sobre a violação sexual no Brasil, como a naturalização de "cantadas" e comentários desconfortáveis. Além disso, de acordo com o Folha Uol, cerca de 35% dos casos de assédios ocorrem no transporte público, visto que, frequentemente, estão lotados e, assim, homens de má índole aproveitam para tocar nos corpos das mulheres sem permissão. Vale mencionar, por exemplo, o caso do homem que ejaculou e esfregou o genital em passageiras dentro do ônibus, o que demonstrou total falta de controle em relação aos seus desejos sexuais. Outros motivos existentes que fomentam a necessidade de argumentar acerca do assédio sexual são os esteriótipos criados sobre a mulher brasileira, como também a permanência de um pensamento retrógrado relativo à figura feminina, como a submissão ao homem e a função reprodutora. Apesar das redes sociais dissiparem ideologias, as quais valorizam a liberdade de pensamento e comportamento das mulheres, ainda há homens que realizam elogios, os quais causam desconforto. Isso ocorre pelo fato de distorcerem o movimento feminista e o considerar relativo a permissão ilimitada da liberdade sexual. Sendo assim, é essencial a criação de propagandas pelas instituições que garantem os direitos das mulheres, com o objetivo de estimular o desenvolvimento do conceito de criminalidade acerca do ato de constranger e violar a dignidade sexual do público feminino. Em adição, é preciso que o Sistema Penitenciário promova a formação de grupos de apoio, com a ajuda de profissionais da saúde, a fim de modificar a mentalidade daqueles que foram denunciados, para que haja a construção do respeito e da concepção de privacidade do corpo da mulher. Por último, é necessário que a Polícia Federal dissipe campanhas, em locais públicos, como ônibus, avenidas e bares, para que as vítimas denunciem , caso ocorra assédio sexual, com a finalidade de descaracterizá-lo como natural e típico da figura masculina e, desse modo, permitir total conquista feminina no espaço social.