Segundo Rousseau, o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe, isso resume toda a influência que as pessoas têm na formação de um indivíduo e como o meio é importante na determinação do futuro comportamento de um ser humano. Nos dias de hoje, existem vários estudos que comprovam a relação entre as experiências da infância e a saúde na vida adulta, dessa forma observa-se que um adulto traumatizado não consegue cumprir seus deveres de cidadão, representando assim um perigo para a sociedade. À vista disso, é necessária a boa criação e proteção de todas as crianças. Em primeiro plano, vale ressaltar que o início da infância é a época em que a maioria das ligações neurológicas é feita, o que for vivenciado pela criança nessa fase será determinante no comportamento do adulto que ela se tornará. Além disso, um trauma durante essa idade pode alterar o desenvolvimento do cérebro, formando uma pessoa desequilibrada, provavelmente incapaz de cuidar de um futuro filho, gerando assim um ciclo vicioso. Desse modo, é imprescindível manter as crianças seguras. Em segunda análise, existe o desleixo com que o Estado tem tratado as crianças, de acordo com o Ministério da Saúde, houve um aumento na taxa de mortalidade infantil, o que mostra uma diminuição na eficiência das políticas públicas nesse quesito. Ademais, conforme pesquisa do INEP, 14% das crianças mais pobres não têm acesso à creche, e essas famílias não têm condições de assessorar suas crianças na medida necessária. Esse abandono gera consequências, como a formação de adultos com potencial transgressor, o que acaba por causar prejuízos econômicos. Portanto, prova-se que investimentos públicos em prol das crianças representariam uma economia. Assim sendo, o Governo Federal deve destinar mais recursos à educação, com o intuito de aumentar o número de vagas nas creches e serem construídas mais escolas em tempo integral. As escolas também devem contar com psicólogos, que serviriam para reconhecer quando o aluno está vivenciando alguma situação de risco em seu lar, a fim de que possam ser tomadas as providências previstas na lei. Por meio dessas ações as crianças teriam o acompanhamento que muitas famílias são incapazes de patrocinar, e o Estado estaria cuidando do futuro do Brasil.