Em Esparta, na antiga Grécia, um menino ao completar 7 anos de idade era retirado de sua parentela para servir ao exército espartano, com o propósito de ser treinado e, em seguida, lutar, ainda na infância, em guerras – barbárie que não ocorre atualmente. Entretanto, é possível observar, no Brasil, altos índices de exploração infantil e, concomitantemente, a ineficiência do Estado no cumprimento da Constituição Federal que garante a qualidade na educação básica e a preservação moral e física do incapaz. Desse modo, é imprescindível a criação de medidas para mitigar esses reveses. Primeiramente, o cotidiano da sociedade brasileira é marcado pela violência urbana, consequência da má distribuição de renda no país, acarretando demasiada discrepância entre as camadas sociais, em que a renda per capita é um pouco acima do salário mínimo. Assim, constata-se elevado número de crianças trabalhando nas ruas, principalmente em semáforos, para adquirir meios de subsistência ao seu lar. Com isso, nota-se uma maior taxa de evasão escolar por alunos provenientes de famílias de baixa renda. Sob esse viés, o contexto histórico do Brasil contribuiu para a realidade educacional atual, um pouco melhor em relação ao século XX, visto que no passado o conhecimento era um privilégio dos que gozavam de dinheiro e tempo. Desse forma, grande parcela da população não obteve referência familiar sobre a importância da educação, dificultando que essa geração de genitores priorize o aprendizado de seus filhos. Além disso, o sucateamento das instituições públicas de ensino básico colaboram para casos como de alunos que terminam o ensino fundamental semianalfabetos, reflexo do despreparo das famílias dos estudantes e de um sistema educacional deficiente. Logo, para assegurar efetivamente o direito da criança à proteção contra qualquer tipo de abuso, é necessário que o Governo Federal, em conjunto com os órgãos competentes, intensifique a fiscalização, aumentado o número de funcionários nos Conselhos Tutelares, para permitir uma maior área de atuação e, consequentemente, dificultar atos atentatórios contra os direitos garantidos ao menor de idade mediante o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ademais, o Ministério da Educação deve promover campanhas midiáticas, instruindo a sociedade sobre a importância da educação na infância e alertando a necessidade do acompanhamento dos estudantes pelos responsáveis durante todo o período escolar, assim como promover em escolas públicas, para alunos e pais, palestras, ministradas por profissionais da educação e psicólogos, a respeito dos benefícios da educação na infância e na fase adulta. Assim, possibilitando uma sociedade mais instruída e que usufrua da ferramenta de desenvolvimento necessária para o progresso do país, a educação.