Promulgada em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, garante a todos os indivíduos o direito à educação, segurança e ao bem-estar social. Não obstante, barreiras inerentes à uma infância saudável na formação do cidadão brasileiro, impedem que sejam cumpridas essas garantias universais, na prática. Em primeiro plano, segundo o filósofo brasileiro Paulo Freire “Se a educação não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Nesse contexto, infere-se que a educação é um dos pilares no desenvolvimento de um país. Hoje, no Brasil, a educação se inicia aos quatro anos de idade e é exatamente até os cinco anos em que se tem o melhor período para se construir a produtividade, segundo James J. Heckman. Dessa maneira, o Brasil dá a devida atenção à educação primária como esta merece? Diferentemente do que se pode pensar, a educação no Brasil segue um formato de uma pirâmide invertida, onde os maiores investimentos se encontram na educação superior, e as áreas elementares possuem investimentos bem menores. Tais medidas agem em detrimento a uma boa formação. Houve mais acesso à educação, isso é inegável, conquanto, do que adianta já que as taxas de analfabetismo funcional só crescem? Portanto, medidas são necessárias para solução dessa problemática. É dever do Ministério da Educação distribuir melhor os investimentos nas diferentes etapas educacionais, para estabelecer uma formação melhor estruturada às crianças. Tal medida, juntamente a um fomento das escolas no que tange ao incentivo de uma maior participação das famílias no processo de educação infantil, melhorará diretamente questões como o analfabetismo funcional. Afinal, se como sempre dizem “as crianças são o futuro da nação”, qual será o futuro do nosso país?