Consoante ao pensamento do teórico alemão Friench Freibel, a criança é como uma planta em sua fase de formação, pois exige cuidados para que cresça de forma sadia e positiva. Nesse contexto, a prática deturpa a teoria, uma vez que no Brasil atual a relevância de uma infância saudável é negligência e as crianças tupiniquins são esquecidas e prejudicadas. Logo, deve-se analisar seus fatores motivadores, como a presença de um corpo social automatizado e o descaso exagerado do Estado. Antes de tudo, é indubitável a influência das relações técnicas vigentes que desvalorizam as brincadeiras saudáveis responsáveis por respaldarem o desenvolvimento da primeira infância. Isso acontece porque com a revolução digital a sociedade criou um modelo abusivo dos jogos eletrônicos que não contribuem para o amadurecimento da personalidade e empatia infantil, posto que a maioria são jogados individualmente e a criança não tem acesso ao ambiente coletivo. Por conseguinte, tem-se o surgimento do liquidismo social -teorizado por Zygmunt Bauman-, o qual afirma o surgimento de uma sociedade volátil em detrimento de um avanço tecnológico avassalador, que rompe com os valores sociais e glorifica o pensamento individual e teórico. Contudo, esse cenário desanimador é fruto de uma civilização retrógrada que esquece que os valores morais são construídos na infância e prejudica principalmente a sociedade precoce. Somado a isso, ainda há a presença de um descaso administrativo por parte do Estado ao não oferecer um tratamento eficaz no local cultural responsável pelo desenvolvimento do futuro do país. Essa falta de requerimento estatal é notória principalmente no âmbito educacional, visto que os órgãos públicos não investem na melhoria de escolas de ensino fundamental -segundo o G1, 39% das escolas brasileiras de 5 ano não atingem a média nacional-, isso em razão da despreocupação do Governo em criar uma civilização batizada de raciocínio e da arte de reivindicar e lutar por seus direitos e deveres que, por conseguinte, derrubar a desigualdade social e os governos dotados de corrupção. Tal contexto escatológico, totalmente diferente dos pensamentos de Friendch Freibel, vai contra o artigo 6 da Constituição Federal de 1988, o qual garante o direito à educação de qualidade para todas as esferas sociais de forma igualitária, além de não cumprir as leis propostas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê a formação de uma infância saudável. Urge, portanto, que medidas são necessárias para a solução do impasse. Assim, é dever do Estado, com o apoio do Congresso Nacional, reformular os projetos já existentes e ampliar a infraestrutura das ambientes recreativos, por meio da Lei Orçamental das Diretrizes, que revitalizem na inserção de brinquedos e parques recreativos, na perspectiva de consolidar a verdadeira infância de forma correta e saudável. Outrossim, cabe a mídia, com Ministério de Educação, investir na criação de projetos pedagógicos