A revolução industrial trouxe inúmeras novidades no modo de produção, incluindo o trabalho exaustivo de mulheres e crianças, que em condições insalubres tiveram que empenhar-se para realizar o trabalho proposto. Entretanto, essa realidade do século XVIII não está tão distante do Brasil nos dias atuais, o trabalho infantil e o descuido com a saúde das crianças, infelizmente, ainda é uma realidade que impede a formação plena da cidadania destas. Em primeiro lugar, o cuidado em saúde básica ainda é falho, desde de 2016, vêm se espalhando uma onda de notícias falsas nas redes sociais acerca das campanhas de vacinação. O Brasil ainda não conseguiu erradicar o sarampo, por exemplo, pela falta de abrangimento das vacinas em território nacional, prejudicando posteriormente a vida dessas crianças. Além disso, o problema com a saúde delas não se resume às vacinas. O sedentarismo é um grave impasse. A falta de incentivo das escolas aos esportes e à adoção de uma alimentação saudável, está gerando jovens e adultos com doenças crônicas, como a hipertensão e a diabetes. Indubitavelmente, a formação intelectual das crianças brasileiras ainda é mais preocupante. É comum que elas tenham que trabalhar desde muito novas para ajudar os pais, o que apesar de ser ilegal, ainda acontece no país. Por conta disso, o número de crianças fora da escola ainda é grande, e, as que estudam, passam pouco tempo na escola e não são estimuladas ao pensamento crítico, prática de esportes, ou princípios fundamentais para a construção da cidadania, afinal, como afirmou o educador Paulo Freire, “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” É, inegável, portanto, que a valorização desses indivíduos deve ser aprimorada. O Governo Federal, deve derrubar as mentiras que circulam na internet sobre a vacinação e promover, através das mídias digitais, a importância de preencher o cartão de vacinas, com o objetivo de formar adultos saudáveis. Ademais, corroborando a célebre frase de Paulo Freire, o MEC (Ministério da Educação) deve implementar escolas públicas de tempo integral nas regiões mais deficitárias do país, que promovam uma alimentação saudável e um pensamento crítico aos seus alunos, com o fito de tirar as crianças das ruas e da exploração do trabalho, transformando o sofrimento infantil numa realidade que ficou no século XVIII.