Após décadas em declínio, a taxa de mortalidade infantil brasileira volta a crescer. Frente a tais números, se mostra evidente a negligência do Estado e da sociedade com a fase mais frágil de um indivíduo. Pois seguindo o pensamento de Nelson Mandela, fica clara a alma de uma sociedade ao se observar a maneira que trata suas crianças. Dessa forma, se faz importante o debate sobre formação do cidadão brasileiro desde sua origem. O termo relativamente incapaz, no qual se encaixa a infância, traz a notória necessidade da proteção da criança como indivíduo. Ademais, as consequências de seu cuidado vão além da construção de um ser humano, mas de uma sociedade como um todo. Pois são nos primórdios anos de vida que serão estabelecidas sua capacidade de cognição e bases para sua saúde física como adulto. Segundo pesquisas, bebês alimentados com leite materno tem uma probabilidade de desenvolver um QI mais elevado e são menos suscetíveis a doenças infecciosas no decorrer de sua vida. Como podemos garantir universitários premiados sem crianças alfabetizadas? Além do que é tratado em sala de aula, existe a preocupação com a merenda desses alunos. Em grande parte do país, a comida oferecida na escola se torna a refeição mais importante do dia, revelando assim a importância dessa instituição não somente na formação de conhecimento, como também em suas necessidades básicas. Em virtude dos aspectos mencionados, se faz primordial uma solução para que a formação do cidadão brasileiro seja melhor estabelecida. Por meio de uma parceria do Ministério da Saúde e da Educação, pode ser criado um projeto que se centre em garantir as condições básicas infantis até seus sete anos de idade. Dessa forma tendo um acompanhamento integrado desde a suas condições nutricionais até o início de sua alfabetização. E assim fazer como aconselhava Pitágoras, educar nossas crianças para que não seja necessário punir os adultos.