¨A desigualdade social inicia-se a partir das diferenças de oportunidades na infância¨. Assim, é com essa frase que o professor emérito da UnB, Universidade de Brasília, Dioclécio Campos Júnior, eleva a infância a um dos mais importantes patamares para o desenvolvimento da sociedade brasileira. Nesse mesmo contexto, nota-se não só a restrição à infância, dada a precoce sobrecarga de responsabilidades à criança, como também a precária notabilidade de profissionais que atuem na área infantil. A princípio, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o desenvolvimento cerebral do ser humano se dá justamente durante o período da infância, ou seja, de 0 aos 10 nos de idade. Logo, essa fase representa uma oportunidade única, cujo estímulo neurológico obtém seu máximo potencial de desenvolvimento. No entanto, devido ao fato de as crianças estarem cercadas de propagandas que tanto as sensualizam quanto as impõem funções semelhantes às adultas, todo esse potencial é perdido, haja vista a ausência do aperfeiçoamento de habilidades por meio de atividades lúdicas. Além disso, é de fato público e notório que uma alimentação salutar deve estar presente no estágio infantil. Isso porque quanto mais ampla for a heterogeneidade no que tange aos nutrientes presentes no cardápio, melhor será a efetividade das funções do organismo. À vista disso, a educação infantil também é um fator fundamental na vida da criança, já que abrange diversas funções cognitivas do cérebro. Entretanto, no Brasil, em virtude do baixo investimento estatal em infraestruturas e no corpo docente, as escolas adquiriram um péssimo rendimento. Logo, a formação do cidadão brasileiro torna-se prejudicada. Por conseguinte, constata-se que a adoção de parâmetros que visem garantir e consolidar uma infância saudável aos brasileiros são necessários. Portanto, o Estado há de investir na formação contínua de profissionais especializados no tratamento do público infantil, por meio de diretrizes aprovadas pelos órgão federais, tais como Câmara e Senado. Por sua vez, os docentes de crianças devem alertar as famílias a respeito de que a participação delas na vida das crianças é fundamental para o desenvolvimento destas. Dessa maneira, os direitos à infância não só serão assegurados, bem como exercidos com eficácia.