A infância, invariavelmente, é o período mais importante na formação do cidadão, justamente por estar em fase de construção e formação de caráter e personalidade, tendo influência direta sob aquilo que é vivenciado. Sendo assim, é inegável a importância de um ensino básico de qualidade nas escolas, além do incentivo a prática de esportes, ambas questões que infelizmente podem ser consideradas precárias em nosso país. Ao analisarmos o foco de investimentos no histórico de governos do Brasil, podemos identificar a priorização ao ensino superior, que encontra-se já ao fim da jornada educacional do cidadão. Esse negligenciamento ao ensino básico afeta, diretamente, na educação de nossas crianças, principalmente aquelas que não tem condição para adentrarem em uma escola particular, o que prejudica não só em suas futuras chances de ingresso em uma boa universidade, mas principalmente na formação intelectual de base dos nossos cidadãos. Paralelo a isso, temos o esporte como uma ferramenta poderosa, atuando como meio de inserção social e criação de oportunidades profissionais futuras para crianças e jovens mais marginalizados. O futebol, por exemplo, é responsável por tirar muitos jovens da pobreza, entretanto, analisando um cenário global, a prática de esportes ainda não é democratizado a ponto de possibilitar que qualquer criança, independente de sua condição financeira, consiga praticá-la. Portanto, com o objetivo de fornecer uma infância saudável, que irá refletir diretamente na formação do cidadão brasileiro, o Estado deve, primeiramente, realizar uma inversão na pirâmide de investimentos na educação, priorizando o ensino básico e fundamental. Além disso, os governos municipais devem aplicar os incentivos e investimentos no esporte, construindo centros esportivos nas comunidades mais carentes, onde as crianças terão acesso a aulas de diferentes esporte, algo extremamente saudável para a formação de qualquer pessoa.