“A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”. A frase de Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro, traz à tona a máxima de que o futuro de uma nação se baseia na educação de seu povo, porém, devido condições financeiras precárias ou até mesmo falta de acompanhamento dos filhos, algumas famílias acabam por prejudicar a educação e a saúde física e mental da criança. Apesar de dois extremos de situações familiares resultarem em uma problemática comum, as causas são diferentes e devem ser combatidas, pois, as crianças representam a prosperidade de um país. Primeiramente, faz-se necessário perceber que, embora no Estatuo da Criança e do Adolescente conste direitos e deveres, alguns desses jovens encontram-se a margem dos deveres fundamentais. As dificuldades financeiras hodiernas levam famílias a condições degradantes de vivência, sendo as crianças o elemento mais prejudicado do conjunto, já que quando precisam ajudar na renda -vender doces no semáforo, por exemplo- acabam por não conseguirem exercer o direito à educação, exercício fundamental para a formação do indivíduo. É importante, também, levar em consideração aqueles jovens que, mesmo tendo acesso a boas escolas, infraestrutura e oportunidades, não possuem o principal: apoio e acompanhamento dos pais. A escola, apesar de exercer um papel fundamental no desenvolvimento infantil, não pode ser encarregada de princípios e valores que devem ser construídos no âmbito familiar, visto que os genitores devem ser a primeira inspiração da criança, guiando-a pelo caminho do bem e ajudando a formar uma sociedade mais igualitária. Fica claro, portanto, que a formação infantil está diretamente ligada ao desenvolvimento intelectual, social e físico do ser humano, sendo o seu principal alicerce: a educação escolar e familiar. Sendo assim, para garantir um bom futuro para o país e cuidar da evolução dos jovens, o Estado, por meio do Ministérios da Educação e da Fazenda, deve inverter a pirâmide orçamentaria da educação, fazendo com que o investimento seja voltado para a educação básica e, a partir de propagandas em veículos de comunicação e panfletagens, mostrar às famílias que o papel delas não resume-se a apenas financiar os filhos, e sim ensiná-los o caminho o qual irão trilhar para um futuro próspero.