Até meados do século XX, grande parte da população brasileira se estabelecia em ambiente rural. Nesse contexto, era comum a utilização da mão de obra infantil para amplificar a renda familiar, o que impossibilitava o completo desenvolvimento cidadão da criança. Atualmente, embora casos como esse tenham sido extenuados, ainda existem diversas práticas que impedem a progressão de uma infância saudável, as quais diminuem, também, a ascensão do país. Dessa forma, são necessárias medidas que extinguam tal índice, destacando a relevância desse período para a formação humana. Em primeiro lugar, é preciso citar que a infância é o principal estágio de aprimoração dos valores éticos. A naturalização de comportamentos e ideias se torna essencial para a garantia do bom convívio social, assim, caso os direitos e deveres promulgados pela Constituição Cidadã de 1988 não sejam cumpridos pelos pais ou responsáveis, observa-se a possível inviabilidade da atribuição dessas virtudes. Com isso, torna-se essencial a participação da estrutura familiar no crescimento moral da criança. Soma-se a isso a participação da instituição escolar como forma de assegurar o progresso socioeconômico do Brasil a partir da educação de seus jovens. "A educação não muda o mundo. A educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo". A frase do sociólogo e pedagogo brasileiro Paulo Freire demonstra a importância do sistema educacional como forma de garantia da cidadania. Dessa maneira, nota-se que quando aplicado de forma correta, o ensino infantil engrandece o desenvolvimento da sociedade brasileira. Fica claro, portanto, que apesar de fundamental, a formação cidadã do país não perpassa por uma infância saudável, abrangendo a todos. Nesse sentido, é preciso que o Estado, especialmente o Ministério da Educação, invista no desenvolvimento infraestrutural das escolas, possibilitando a boa qualidade de aprendizagem. Para isso, deve-se projetar maior qualificação profissional dos professores e, em conjunto com ONGs, estabelecer diálogos com os pais, interferindo, assim que preciso, na educação domiciliar. Desse modo, espera-se que atividades praticadas desde o século XX, como o trabalho infantil, não façam mais parte do cenário social brasileiro, visando ao progresso infantil e do Brasil.