Mediante os fatos expostos, conclui-se que a maioria dos problemas de segurança enfrentados pelas nações, são motivados por adultos, e por condutas cognitivo-comportamentais classificadas em transtornos mentais. Dentre as principais causas de transtornos mentais ou seus motivadores, estão os dissabores nas relações interpessoais. Através delas, os indivíduos conseguem abertura para mudar seus padrões de pensamento, sentimento e comportamento. A principal causa das adversidades interpessoais é a ausência da aceitação às diferenças, ideológicas, étnicas, sexuais, etárias, etc., muitas vezes motivadas por culturas ou outros sistemas de crenças. Combinando os estudos de Sigmund Freud sobre o Complexo de Édipo, e os estudos de Michael Merzenich sobre plasticidade neuronal, é possível perceber que as crianças nascem um papel em branco, não possuindo opiniões sólidas sobre específicos assuntos, ou ainda, quando têm, são altamente suscetíveis a mudá-las. Fenômeno que desaparece quase que totalmente no estágio da vida adulta. As crenças são altamente voláteis na infância, entretanto aquelas que a sobrevivem geralmente são duradouras. Segundo Erik Erikson, grande contribuinte da Psicologia do Desenvolvimento, o desenvolvimento psíquico sadio dos pequenos depende imensamente do ambiente, isso significa que os ensinamentos passados por adultos influentes, pais e educadores, fazem enorme diferença na construção de valores. Logo presume-se que, ao investir na educação e conscientização de crianças e jovens, sobre o respeito às diferenças e sua importância, a longo prazo, diminuir-se-á o número de infelicidades sociais desencadeadas por desentendimentos interpessoais.