No século XVIII, durante a Revolução Industrial, as crianças eram parte fundamental nas longas cargas horárias das quais eram submetidos os seus pais. Hodiernamente, no Brasil, essa realidade é vista de forma agressiva no desenvolvimento infantil, a julgar por prováveis danos irreversíveis que podem suceder na fase adulta. Diante disso, cabe avaliar a importância em assegurar a integridade e a garantir melhores condições a esses indivíduos na sociedade. Vale pontuar, de início, que ter uma infância sadia contribui para o processo de formação do cidadão. Mediante a isso, o filósofo grego Pitágoras dizia que educar as crianças era essencial para assegurá-las futuramente. Nesse sentido, é indubitável que o bom cuidado com a tenra idade salvaguarda os seus direitos e contribui para a evolução destes durante o período adulto. Convém destacar, também, a questão da saúde psicológica da pessoa, imprescindível ao convívio social. À Luz disso, o sociólogo Zygmunt Bauman referia a modernidade líquida, presente no seio social, como uma forma de prezar a busca do prazer individual. Logo, essa conjuntura corrobora para o negligenciamento da classe pueril, o que a torna mais segregada e suscetível a possíveis danos mentais. Diante do exposto, fica claro que é necessário garantir o bem-estar no ciclo infantil. Portanto, é dever do Estado disponibilizar verbas voltadas à educação e à formação social do indivíduo desde as primeiras fases de sua vida, como a construção de escolas especializadas no trato desses menores, ao tempo que tenham aulas ministradas por professores capacitados, como também acompanhamento psicológico, a fim de preservar a criança de traumas que possam submetê-la. Através disso, poder-se-á construir um Brasil melhor.