Abandono. Deficiência educacional. Violência. Dentre todas as problemáticas enfrentadas pelas crianças, a maioria delas acarreta consequências, físicas ou psicológicas, para o resto da vida. Apesar de assegurada pela Carta Magna brasileira a proteção da infância, as inúmeras adversidades que acometem infantos todos os dias, são reflexos indubitáveis da falta de efetivação dos direitos assegurados pelo Estado e pela família. Conforme Sigmund Freud, psicanalista do século XX, o ser humano adulto externa condutas advindas de influência desde os primeiros dias de vida. Com isso, a infância se configura como um período primordial de desenvolvimento do indivíduo, seja mental, físico ou ético. Portanto, a influência exercida em um ambiente domiciliar violento, por exemplo, pode se tornar um fator comprometedor para desenvolvimento pleno da criança e poderá refletir no comportamento da mesma no futuro. Ademais, casos de violência e abusos infantis são nefastas realidades presentes no Brasil há muito tempo. Como pode-se perceber ao observar o caso Araceli, no qual uma menina foi abusada física e sexualmente e morta no estado do Espírito Santo. No entanto, apesar de ocorrido em 1973 e elucidado a problemática da violência e infanticídio, ainda existem muitos casos semelhantes que ainda ocorrem e comprometem, diretamente, a vida de milhares de crianças. Desta forma, infere-se que providências são imprescindíveis para atenuar a problemática. O Estado deve, na figura do Poder Legislativo, tipificar crimes que firam a integridade física e psicológica de crianças, tais como abusos e violência, tornando-os hediondos e inafiançáveis, a fim de garantir a melhoria de vida na infância. Ademais, o Poder Judiciário, em parceria com o SUS, deve promover palestras para o público infantil nas escolas, com conteúdos para elucidar como identificar violências e abusos e denunciá-los, a fim de informar e garantir o julgamento dos crimes.