Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à educação e ao bem-estar social. Em contrapartida, uma infância precária e problemática impossibilita que certa parte da população desfrute desse direito universal. Nessa perspectiva, esses obstáculos devem ser vencidos imediatamente para que uma sociedade integrada seja alcançada. A educação é o fator principal no desenvolvimento do país. Atualmente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público de ensino eficaz. Porém, a realidade é exatamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido no número de adultos analfabetos do país. Segundo a Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017, toda criança e adolescente goza dos seus direitos fundamentais. Contudo, uma infância frágil e deturpada impede os mesmos de desfrutar de tais direitos. Faz-se fundamental, ainda, evidenciar a falta de uma infância saudável como impulsionador da atual crise político-econômica. Segundo James J. Heckman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2000, investir na infância é o caminho lógico para reduzir déficits e fortalecer a economia. Diante de tal contexto, a garantia de uma infância saudável tem grande potencial de resolver a atual crise econômica do país. Conclui-se, desta forma, que ainda há dificuldades para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Assim, urge que o Estado brasileiro faça maiores investimentos no ensino público, possibilitando os jovens alunos à desenvolver suas devidas capacidades intelectuais e físicas. Dessa forma, o Brasil poderia superar os desafios de uma infância ideal para a sua população.