Na contemporaneidade um dos assuntos de extrema importância que permeia a sociedade brasileira é a relevância de uma infância saudável na formação de cidadãos. Sendo assim, o processo de socialização e desenvolvimento socioeducativo, é fundamental para que a criança possa desenvolver sua identidade e autonomia. Dessa forma, contribuindo com a criação de adultos que exerçam seus deveres e direitos de forma democrática, e assim podendo construir uma nação melhor. Em primeira análise, cabe pontuar que segundo estudos lançados no Simpósio Internacional e Desenvolvimento da Primeira Infância, apesar de não serem fatores únicos, os vínculos familiares e ambientais saudáveis são essenciais ainda na primeira infância — que vai até os 6 anos — para desenvolver características cerebrais presentes em adultos autônomos e com mais qualidade de vida. Logo, a conscientização de tais elementos, principalmente daqueles que são responsáveis pela educação destes, se torna a base primordial para efetivação na formação de cidadãos capazes de gerar opiniões e compreender problemas sociais, morais e éticos. Desse modo, sendo transformadores de ações individuais em coletivas, com isso, promovendo mudanças em granes escalas. Somando a isso, outro fator que não favorece uma infância saudável, são questões advindas da desigualdade brasileira, uma vez que as heterogeneidades sociais acabam reproduzindo oportunidades individuais variáveis. Dessa maneira, problemas como falta de acessibilidade, educação, lazer, saúde e alimentação, podem colocar o indivíduo em situação de vulnerabilidade, assim, impactando diretamente a criança e consequentemente sua vida adulta. Com isso, fica evidente a relevância e correlação entre uma educação saudável na infância e a construção de um país melhor. Infere-se, portanto, que é imprescindível a mitigação dos desafios para a geração de um futuro melhor. O educador Paulo Freire utilizava o amor como meio de interação educacional, visto que está é uma ferramenta que leva ao autoconhecimento. Diante disso, são necessários investimentos socioeducativos, na qual o Ministério da Educação e Cultura deve propor ações com projetos que visem desde cedo experiências que proporcione novos valores, sentidos, ideias, costumes e papeis sociais, por meio de integrações entre a família e o estudante. Dessa forma, é possível realizar transformações tanto sociais como estruturais do país, haja vista que as políticas públicas proporcionam o desenvolvimento da criança e consequentemente do país em que se vive.