John Locke, filósofo iluminista, discorre que o indivíduo é uma folha em branco. Nesse sentido, a infância é a fase principal na estruturação do caráter pessoal da criança. Diante disso, existe uma necessidade extrema de que seja um processo saudável para o ser não só pela sua interação em sociedade, como também pela sua vida pessoal. A princípio, as relações sociais do ser humano são traçadas na infância. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do responsável legal assegurar o bom desenvolvimento do jovem e garantir o ensino de princípios. Nesse panorama, alguns integrantes da sociedade apresentam uma antítese com o estatuto, haja vista que profanam ódios às minorias e, muitas vezes, essa problemática é herança do berço familiar. Desse modo, a atuação da família na geração de um bom indivíduo social é extremamente importante. Além disso, o período infantil rege as condições psíquicas do indivíduo na fase adulta. Conforme a Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP), traumas infantis refletem em comportamentos pessoais e de interação que um ser possui ao decorrer da vida independente. Sob essa ótica, um processo perturbador para a criança, pode se tornar empecilhos para o adulto. Assim, o fato pode ser exemplificado pela ONU que, em 2014, pronunciou-se que agressores viveram, geralmente, em ambientes de altas agressões e hostilidades. Em suma, faz-se essencial garantir, para todas as crianças, uma infância de qualidade. Logo, as instituições de ensino devem atuar na preparação familiar, por meio de reuniões mensais com pedagogos, a fim de conscientizar sobre a importância de princípios morais, uma vez que reduza as problemáticas de conduta sociais. Ainda, cabe ao Ministério da Educação instalar, no âmbito escolar, sistema de psicologia para todas as crianças, para que mitigue os traumas infantis. Dessa maneira, a folha em branco de Locke será preenchida de modo saudável.