De acordo com John Locke, filósofo Iluminista e pai do empirismo, o homem nasce como uma tábula rasa e todo conhecimento advém da experiência. Analisando essa afirmação, é indubitável a relevância da música na educação, uma vez que ela estimula o trabalho em grupo e áreas do cérebro como a criatividade e raciocínio lógico. Contudo, apesar de obrigatório o ensino dessa matéria nas escolas, há escassez de profissionais habilitados à lecionarem e pouca infraestrutura, nos colégios, relacionada à musicalidade. Deve-se pontuar, de início, consoante a Lei de Diretrizes e Bases, são somente autorizados a darem aulas pessoas com nível superior. Essa regra não deveria se aplicar aos professores de Música, pois, no Brasil, os profissionais dessa área, geralmente, não são formados. Dessa forma, a lei 11.769 -a qual obriga o ensino de música- acaba sendo incompatível com a as diretrizes e a realidade brasileira. Vale ressaltar, também, a falta de infraestrutura quanto aos locais apropriados para se praticar a musicalidade nas escolas brasileiras. À exemplo disso, os Estados Unidos, diferente do Brasil, investe pesado em estruturas como sistemas de som, palcos, instrumentos e professores capacitados a ensinarem os alunos, porque eles sabem o quanto a melodia pode ajudar a desenvolver a cognição de um estudante. Dessa maneira, far-se-á necessário investimentos nos colégios brasileiros relacionados às estruturas primordiais para se ter aulas de música. Portanto, o Ministério da Educação deve urgir ao Poder Legislativo por meio de uma emenda na Lei de Diretrizes e Bases, a alteração da necessidade do professor de música ser formado em nível superior, com a finalidade de diminuir a vacância desses profissionais. Em paralelo, o governo federal, através de incentivos fiscais, pode solicitar às empresas privadas doações para as escolas públicas, com o intuito de desenvolver a infraestrutura necessária para se ter aulas de música. Assim, os estudantes terão a oportunidade de se desenvolverem e deixarão de ser tábulas rasas.