É consenso que o estudo da música nas escolas é de extrema importância, em razão de estimular o uso dos sentidos e demais segmentos dos alunos. Ademais, um grande avanço desse cenário foi a aprovação de uma lei, em 2008, pelo até então, Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a qual determina a obrigatoriedade do ensinamento de música nas escolas. Primeiramente, é importante ressaltar que, hoje, em 2018, dez anos após a sanção da lei a qual garante o ensino de música nas instituições de ensino, sejam de ensino fundamental ou médio, ela, de fato, nunca foi implementada pelo Poder Público, de acordo com o G1. Aliás, segundo especialistas, os quais foram ouvidos pelo mesmo jornal, um dos principais problemas acerca dessa circunstância é a falta de cidadãos formados em cursos de educação superior, nas graduações de música. Dessa forma, na contemporaneidade, o Brasil sofre com a escassez de profissionais no âmbito da música, dado que são poucas as universidades com a formação em música, em suas grades de graduações, além de que, conforma garante a Lei de Diretrizes e Bases, só é possível lecionar sendo graduado e por isso existe essa falta de professores. Além disso, ainda convém lembrar que o objetivo da matéria não é criar artistas e, sim, na verdade, estimulá-los de forma educacional, com projetos artísticos. Desse modo, o ensino de música e instrumentos poderá ser complementar ao de artes cênicas e obter um paralelo com a literatura e, consequentemente, ocorrerá uma maior interação entre diferentes áreas do conhecimento, podendo provocar um maior progresso acadêmico dos alunos. Destarte, da mesma forma a qual ocorria no seriado norte-americano Glee, no qual os alunos de uma escola possuíam o ensino de música, o qual propiciou um maior engajamento dos discentes com outras matérias, tendo em vista que ajudaram-nos a superar problemas pessoais e educacionais, favorecendo o progresso deles, assim como poderá igualmente ocorrer nos colégios brasileiros. Em vista do que foi dito, medidas são necessárias a fim de aumentar o uso da música na educação brasileira. Portanto, caberá ao Ministério da Educação criar um plano educacional, com o apoio financeiro vindo de parcerias com empresas do setor privado, o qual irá maximizar os repasses financeiros às universidades públicas, com o intuito de haver uma maior oferta de vagas para os cursos envolvendo música no país e para que, em curto prazo, o déficit de profissionais na área diminua de forma progressiva.