De acordo com o filósofo grego, Aristóteles, a mímeses propiciada pelo trabalho de poetas, cantores e escultores, contribui para o ensino e comportamento social dos jovens. Nesse sentido, nota-se a importância, por exemplo, da música como ferramenta de emancipação da educação contemporânea, permitindo a integração e o desenvolvimento dos estudantes tanto no ambiente acadêmico quanto no meio público. Assim sendo, são necessárias medidas que visem à sua integração no sistema educacional, por meio de ações governamentais e midiáticas. Primeiramente, é preciso destacar que o ato de ouvir música está presente no cotidiano da população, o qual pode revelar diferentes aspectos socio-econômicos do país. Durante os primeiros anos do regime militar brasileiro ocorreram diversas manifestações de artistas que se contrapunham à censura do governo ditatorial - tais como Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso- os quais, através de suas composições, demonstravam insatisfação com o estabelecido contexto social. Desse modo, observa-se o valor da música como agente de formação do senso crítico, o que trabalhado e aperfeiçoado em escolas públicas, poderá promover o ativismo e integração política nos alunos. Em segunda análise, vale mencionar a capacidade que projetos musicais detêm quanto ao interesse dos estudantes para com o ambiente escolar. "A educação não muda o mundo. A educação transforma pessoas. Pessoas mudam o mundo". A frase dita pelo pedagogo brasileiro, Paulo Freire, expressa a importância do ensino para o desenvolvimento de uma nação. Dessa maneira, a inserção de aulas de música à grade de matérias das escolas possibilitaria a modernização e dinamização do método de estudo, permitindo maior atração na relação entre aluno e professor, além de gerar habilidades lógicas e motoras nos mesmos. Fica claro, portanto, que a instrução musical em escolas é essencial para o crescimento político e social de determinado país. Nesse sentido, é preciso que o Estado, especialmente o Ministério da Educação, invista na capacitação de profissionais e na infraestrutura das instituições, a fim de que estas apresentem meios de perpetuar tal ensino. Ademais, é fundamental que o Ministério da Cultura atue na promoção de eventos, como palestras e marchas escolares, os quais apresentem o uso musical, não somente para incentivar os estudantes, mas também como forma de demonstrar sua relevância para a população. Sendo assim, espera-se que a conceituação de arte, outrora proposta por Aristóteles, torne-se presente na realidade contemporânea.