“A música é um instrumento educacional mais potente do que qualquer outro”. O pensamento do filósofo Platão faz alusão a importância dessa ferramenta no processo de aprendizado que, no contexto vigente, colabora com o desenvolvimento cognitivo dos alunos, assim como com a integração entre eles. A globalização trouxe à tona a era dos “nativos digitais”, pessoas que já nascem inseridas em um mundo de saberes objetivos, no qual a internet os informa rapidamente dos fatos sem necessidade de muito esforço. Diante disso, percebe-se que os jovens não desenvolvem de forma satisfatória a sua criatividade, raciocínio e memória. Assim, o ensino de métodos subjetivos é a chave para a obtenção de melhores resultados quando se trata de explorar os aspectos cognitivos da mente, pois segundo estudos realizados por pesquisadores alemães, pessoas que desenvolvem trabalho com música apresentam essa área do cérebro 25% maior. Ademais, vê-se que a inserção da música nas escolas estimula a interação por meio dos sentidos, porque aumenta a habilidade de compreensão e descrição que pode resultar em estudantes que possuam facilidade em ler e interpretar textos. Por outro lado, essa prática também desperta a atenção, concentração dos alunos e a maior proximidade entre eles, a medida que há a identificação de gostos em comum para formar grupos de interesse e desinibir aqueles que são tímidos. Fica evidente, portanto, que o ensino de música na educação básica é imprescindível. Para isso, o Ministério da Educação deve criar parcerias entre escolas e universidades públicas a fim de aumentar o interesse na formação de professores nessa área. Outrossim, são as mídias e ONGs propiciarem a criação de projetos lúdicos como forma de atingir as áreas mais pobres dos países. Só assim, a música potencializará a educação conforme Platão.