O compositor alemão Beethoven, que se tornou surdo já adulto, encontrou na música sua forma de superação e de entrar para a história. Percebe-se que a educação que recebeu, voltada para esse tipo de arte fez com que ela atuasse na vida do sinfonista promovendo a superação e agindo como agente transformador, uma das características que as melodias possuem. É notório que a educação musical não atua somente como belas melodias e sons para os estudantes, mas também melhora as habilidades com matemática, já que constantemente estudam padrões e partituras, além de ser uma grande estimuladora da criatividade e da imaginação, desafiando-os a criar suas próprias canções. Contudo, mesmo com a obrigatoriedade do estudo nas escolas básicas, a grande maioria das instituições não possuem professores formados, infraestrutura adequada ou instrumentos para que se possam promover o estudo desta arte. Além disso, o grande desinteresse dos jovens em seguir carreira acadêmica no mundo musical, evidenciado no fato de que a carreira de graduação em música possui um dos mais baixos índices de candidatos por vaga nos vestibulares, faz com que não existam profissionais licenciados suficientes para atender a demanda do ensino dessa arte nas escolas, fazendo com que essa disciplina fique somente no papel. Diante dos argumentos citados, providências devem ser tomadas para resolver o impasse. Cabe ao governo de cada estado, por meio de uma parceria público-privada com instituições musicais como a Faculdade Belas Artes, o investimento nas escolas de salas de músicas e de instrumentos fornecidos de forma gratuita a ser incluída no aprendizado básico e de modo opcional no ensino médio, a fim de estimular o ingresso na carreira musical aumentando posteriormente o número de jovens interessados em seguir nessa carreira e aumentando, consequentemente, o número de professores na área, podendo até se encontrar o próximo Beethoven.