A inserção da música na realidade educacional brasileira é uma necessidade; o contato musical estimula conexões mais humanas e a superação de dificuldades socioeconômicas. Nesse sentido, a música ultrapassa expectativas, funcionando não apenas como mecanismo de incremento didático, mas como transformadora da sociedade. Segundo Milton Santos, geógrafo brasileiro, o Neoliberalismo define, por meio de seus fenômenos, como o da Globalização, arquétipos de aceleração, individualismo e mecanização das relações interpessoais. A música, assim, pode funcionar como uma atividade integradora, fortalecendo laços humanos em sala de aula, bem como fortalecendo o trabalho em equipe, o que contribuirá para a diluição de ideias individualistas e impactará a vida dos futuros cidadãos. Outrossim, é crucial destacar que a música é um meio para a superação de dificuldades socioeconômicas. A desigualdade social, muitas vezes, não permite a todos oportunidades iguais, configurando-se, por conseguinte, a música no contexto escolar como uma alternativa à violência e marginalização. Destarte, é necessário que medidas sejam tomadas buscando a inserção da música na realidade educacional brasileira. Cabe ao Executivo destinar maiores verbas à estruturação de centros culturais e espaços musicais nas escolas. Ademais, o Ministério da Educação deve elaborar uma mais detalhada diretriz quanto à questão, estipulando carga horária ampla a atividades musicais e artísticas, assim como instruindo os professores a realizar exercícios musicais integradores e exigindo respeito às individualidades de cada aluno. Afinal, uma atividade musical que torna os estudantes mais sociáveis e respeitosos, torna-os, consequentemente, mais humanos.