A educação artística está inerentemente atrelada a um desenvolvimento cognitivo como um todo. Dessa forma, a incorporação da linguagem musical como disciplina escolar é de fundamental importância, já que proporciona uma gama de benefícios tanto sociais quanto culturais. No entanto, mesmo com a obrigatoriedade do ensino já estabelecida por lei, ainda são necessários diversos ajustes para garantir os efetivos frutos dessa proposta no Brasil. São amplamente divulgados os resultados de pesquisas internacionais que comprovam os aspectos positivos da introdução musical aos mais jovens. Durante todo o desenvolvimento humano, quando presente, a música - como diversas outras artes - influencia na criatividade, no raciocínio matemático, no humor e, sobretudo, nas interações sociais. Assim, fica justa sua relevância no currículo escolar de variados países desenvolvidos. No Brasil, já há alguns anos, o ensino musical foi implementado como obrigatório à educação básica do Estado, o que, em teoria, já teria trazido resultados ao sistema educacional. Na prática, porém, não é o que se observa. A falta de um efetivo planejamento, expressa pela infraestrutura inadequada e pelo ínfimo número de professores fez dessa obrigatoriedade um oneroso fardo ao governo. Sendo assim, é necessário que a implementação da linguagem musical seja acompanhada de um eficiente programa de investimentos em diversas áreas da própria educação. Para isso, é dever tanto das esferas federais quanto municipais incentivar a formação de professores, o que está relacionado predominantemente a uma folha de pagamento mais justa e melhores condições de trabalho. Além disso, cabe às mesmas esferas estatais oferecer uma melhor infraestrutura, a qual - no caso - relaciona-se à salas de aula adaptadas, equipamentos e instrumentos. Essas medidas potencializam o ensino musical no Brasil, levam a bom termo sua relevância e equiparam a educação nacional ao nível de países desenvolvidos.