Na sociedade contemporânea, emerge o individualismo, a fluidez e a efemeridade nas relações sociais, segundo o sociólogo Bauman. Encontramos-nos atualmente no ápice da globalização e com ela é comum que exista uma modificação quanto o engajamento político. De fato hodiernamente muitas questões acabam sobrepondo a discussão política. Contudo, sua necessidade tem se tornado cada vez maior. Em primeiro ponto, devemos destacar o movimento “diretas já”, que foi um salto na sociedade brasileira, milhares de pessoas em busca de um só objetivo, eleições diretas para presidente. Entretanto, o povo brasileiro se acomodou após varias conquistas, sendo sequencialmente vitimas de corrupção política, esses escândalos são os principais fatores que levam o povo a descrença de que podem ser realmente representados, sendo assim focar no mercado de trabalho, por exemplo, trará muito mais retorno do que se encaixar em algum movimento político. Em segundo ponto, nota-se que o Brasil atravessa um duro período de crise não só financeira, mas também política, que advém do fato de parte dos nossos representantes políticos apenas trabalharem em prol do benefício próprio. Não é de hoje que o Brasil sofre com a corrupção, todavia, a geração atual encontrasse sobrecarregada e sem segurança sobre a política. Como foi dito por Aristóteles, “a política não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça”. Por fim, constata-se que políticas públicas devem ser tomadas para garantirem uma maior participação política da sociedade brasileira, em geral. Ao Estado, fica incumbido o papel da fiscalização da lei Ficha Limpa, garantindo que políticos cassados não tornem a se candidatar, e a proibição da candidatura daqueles que participaram de esquemas corruptos. Ademais, no meio escolar, é fundamental que ocorra palestras e rodas de debates acerca de temas políticos, evitando que futuramente crianças e jovens confundam posicionamento político com torcida de futebol. Já no âmbito social, fica a cargo da população investigar e se ater a política do país, nos somos responsáveis por ele, é nosso dever garantir que ele seja entregue a bons governantes. Afinal, seguindo os dizeres de Johann Goethe: A maior necessidade de um Estado é a de governantes corajosos.