Jürgen Habermas, filósofo alemão com diversas obras sobre política, acredita que o debate gera o consenso e, dessa maneira, a sociedade evolui. No Brasil, desde 2013, as discussões políticas têm se tornado, gradualmente, constantes e a sociedade vem se mostrando, progressivamente, polarizada. Neste cenário, faz-se necessária a análise de como as crises existentes no país se relacionam com a nova forma de pensar do brasileiro. É necessário salientar, em primeiro lugar, que a crise que o país está inserido não é apenas política e econômica. A crise social, por exemplo, desde o surgimento das manifestações, tem mostrado um lado sombrio da sociedade brasileira. Racismo, intolerância e discursos de ódio – principalmente quando feitos em meios virtuais – são agora constantes, pois, os cidadãos, ao discordarem de alguma medida do governo, atacam uns aos outros ao invés de promover o debate. Neste cenário, urgem grupos de esquerda e de direita que, muitas vezes, possuem pensamentos totalmente contrários uns aos outros, causando, dessa maneira, a polarização existente. Em um país polarizado, onde a própria população se auto confronta, os políticos, visando permanecer no cargo, se aproveitam da situação. A compra de votos realizada pelo presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) é um exemplo de como até mesmo o maior governante do país luta apenas para se manter no poder. Atos desse tipo são muitas vezes considerados normais e instauram à crise política no país, causando, posteriormente, a questão econômica, pois, onde o foco é a permanência no poder, não há tempo para se pensar em governar. Diante do exposto, percebe-se a necessidade de mudanças. A fim de diminuir os discursos de ódio em redes sociais, o poder legislativo, por meio da criação de leis mais duras, deve punir aqueles que cometam tais atos. Ademais, a CCJ e o Supremo Tribunal Federal devem, por meio de penas exemplares, punir políticos envolvidos em corrupção e compra de votos.