O estado fora criado como meio mais efetivo de organização, visando assim um benefício mutuo a todos os seres englobados. Não obstante, uma instituição com intuito de servir seus contemplados, em regimes autoritários e falsos democráticos subvertem esta ordem, tornado não o estado submisso a vontade popular, mas sim a vontade popular submissa ao estado. Os papeis se invertem e a sociedade é subjugada por sua própria criação. “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. A afirmativa apresentada é oriunda do artigo 1º da constituição brasileira. Contudo não representa o atual estado político brasileiro, o estado vem cada vez mais reprimindo seus cidadãos, seja de forma econômica, ou social, com impostos elevados, precariedade de serviços básicos como saúde e educação. As dificuldades ficam evidentes no dia a dia, filas nos sistemas de saúde e desprezo pelo sistema educacional. No âmbito da operação lava-jato, centenas de políticos tem seus nomes envolvidos, muitos destes que já tinham seus nomes envolvidos em outros esquemas de corrupção. Esse fato só corrobora para o aspecto pelo qual o brasileiro enxerga o aparato estatal: como uma grande quadrilha, que por ser eles mesmos os que ditam as leis e o funcionamento do estado, saem impunes de benefícios adquiridos ilegalmente. Não obstante, não é somente o estado que vem aumentando seu poder e colocando a população em segundo plano, mas também a sociedade que vem se enfraquecendo. A união social foi dissipada pela falsa dicotomia política direita-esquerda que tem se tornado símbolo de repulsão enquanto deviam ser a representação pelos direitos de pontos de vista distintos de uma mesma sociedade. Fica claro, portanto, que os papeis sociais se encontrar invertidos, não é a sociedade que deve se submeter ao estado, mas sim este que deve se prostrar ante os cidadãos. O aparato estatal atual está corrompido, situação não muito diferente da situação pós-ditadura com a constituição de 88, a qual foi feito não pelo povo, mas pelas elites burguesas. A principal forma de solucionar este problema é retomando o papel perdido pela sociedade, a possibilidade da construção de uma nova constituição deve ser levado em pauta pela sociedade por meio de um plebiscito, o direito de desobediência civil e a transformação do crime de corrupção em um crime gravíssimo, impassível de fiança e com altas penas de reclusão devem ser uma das principais pautas.